terça-feira, 24 de setembro de 2013

ROBERTO REBOUÇAS

ROBERTO REBOUÇAS


JOGADOR: Roberto Rebouças (Muralha Baiana - Xerife)
NOME: Paulo Roberto Rebouças de Carvalho
DATA DE NASCIMENTO: 10 de abril de 1939
LOCAL: São Felix-BA
DATA DE FALECIMENTO: 21 de março de 1994
LOCAL: Salvador-BA
POSIÇÃO: Zagueiro (Quarto-Zagueiro)
PERÍODO: 1963 à 1965 e 1970 à 1978
ID CBF: 18974
JOGOS:
GOLS: 
ORIGEM: Divisão de base do Vitória-BA.
JOGO DE ESTREIA: Bahia 1 X 1 Palmeiras-SP em partida amistosa interestadual realizada no dia 21/04/1963.
JOGO DE DESPEDIDA: Bahia 0 X 1 Vitória-BA em partida por um torneio amistoso realizada em 21/03/1978.
CLUBES NA CARREIRA: Vitória, São Cristóvão-RJ, Bahia, Palmeiras-SP, Comercial-SP, Botafogo de Ribeirão Preto-SP, Ponte Preta-SP, 

TÍTULOS NO CLUBE

* Campeão do 3º Torneio Quadrangular de Belém de 1964
* Campeão Baiano de 1970, 1971, 1973, 1974, 1975, 1976 e 1977
* Campeão do Norte/Nordeste de 1963

OBSERVAÇÃO: Um dos maiores ídolos da história do Bahia em todos os tempos, Roberto Rebouças, conhecido como a "Muralha Baiana", chegou ao tricolor em 1963 em uma negociação com o Vitória envolvendo o atacante Didico.

Nos gramados, seu temperamento forte sempre chamou atenção de todos. Chegou até a se desentender com o presidente tricolor Osório Vilas Boas, mas mesmo assim não se negou a atender a um chamado do clube em 1965. Naquela oportunidade,o Bahia iria enfrentar o Vitória e ele foi chamado para atuar como atacante, já que o ataque do Bahia estava pipocando. Roberto atuou bem e ajudou o tricolor a bater o maior rival por 2 a 1, conquistando assim o segundo turno do Campeonato Baiano daquela época. No entanto, tamanho espírito de luta custou caro, pois uma lesão na tíbia resquício desta partida o deixou de fora da decisão e assim o Bahia não foi o mesmo, perdendo infelizmente o título baiano daquele ano para o Leãozinho da Barra.


Em 1972, na véspera da disputa da final do Campeonato Baiano daquele ano contra o Vitória, Roberto brigou com o então técnico Fleitas Solich, e por conta disto a diretória suspendeu seu contrato por 30 dias aplicando-lhe uma multa de 60% sobre os seus vencimentos. O afastamento de Roberto abalou o time. No dia seguinte Solich armou o tricolor com quatro atacantes: Natal, Alberto, Douglas e João Daniel. Entretanto logo aos quatro minutos o Vitória abriu o placar. Desesperado e sem esquema tático, o Bahia foi pra cima abrindo-se para os contra-ataques do rubro-negro e ao final do primeiro tempo já perdia por 2X0. Ao final da partida o Bahia foi derrotado por 3 X 1 e o Leãozinho da Barra conquistava assim o seu único título da década de 70. Para os tricolores a falta da "Muralha Baiana" nesta partida fez a diferença.


O melhor zagueiro da história do Bahia tanto sabia bater como afagar. Arrepiava nos atacantes e, na sequência, saía jogando, peito estufado e erguido, procurando o companheiro melhor colocado, o passe na medida.

Honesto, odiava mentira. “Ou é ou não é”, simplificava. Daí, nunca ter negado que gostava de tomar umas e bater seus babas no campeonato interno da Associação Atlética, na Barra, mesmo depois de tornar-se profissional de futebol. 

“Tenho muita saúde, embora  não deixe de tomar meus pileques”, costumaba dizer, quando tirava uma folga da bola pra curtir sua casa de praia em Mar Grande, na Ilha de Itaparica, no Recôncavo Baiano. Lá, não faltava batida de limão ou coco para servir aos amigos.

Formou-se em direito, depois de trancar economia e educação física. Homem firme, não corria do pau quando provocado. Ficou famoso o soco que Roberto deu na cara do ponta Paraná, do São Paulo, depois de uma dividida que considerou maldosa. Com este perfil de briga, quebrou a perna quatro vezes, e mesmo assim jogou até os 39 anos.

Entre tantos jogos inesquecíveis em um deles Roberto levou o Bahia à uma importante vitória contra o Botafogo, pela penúltima rodada do Campeonato Baiano de 1971. O Botafogo vencia por 2x1 e aos 35 do 2º tempo, quando o zagueiro resolveu jogar de atacante, levou o Bahia à virada, dando um passe e sofrendo um pênalti que seria convertido, Bahia 3x2 Botafogo.

O time inteiro do Vitória assistia à partida da boca do túnel da Fonte Nova, pois jogaria a partida principal contra o Jequié. Os rubro-negros ficaram assustados com a atuação de Roberto. Não se sabe quanto este resultado abateu o moral do Leãozinho da Barra, que acabou ficou no 0x0 diante do Jequié. O Bahia terminou com um ponto a mais e a vantagem do empate, o que favoreceu o tricolor na final, pois jogou mais tranquilo diante de um Vitória nervoso. Ao final deu Bahia 1x0, conquistando assim o tricolor o bicampeonato baiano de 1970 e 1971.

"Amai a camisa de teu clube sobre todas as coisas". Esta foi a lição deixada pelo Roberto Rebouças para todos os torcedores do futebol.

Vale lembrar que o carinho que recebeu da torcida do Bahia manifestou-se também fora dos gramados, e antes mesmo de abandonar o esporte que lhe transformou ídolo da torcida tricolor, em 1976, elegeu-se vereador em Salvador pela extinta Arena. Roberto fez parte do grupo de jogadores do Bahia que participou do Torneio Internacional de Nova York em 1964.

FOTOS:

Campeões Baianos de 1962
Campeões Baianos de 1970
Campeões Baianos de 1971
Bi-Campeões Baianos de 1971
Campeões Baianos de 1973

4 comentários:

  1. Um dos maiores ídolos do Bahia . Ainda menino vi este gigante da história tricolor honrar a camisa do Esquadrão . Jogador de técnica apurada e líder dentro do gramado . Fez parte de um ciclo , a década de 70 , quando o Bahia tinha absolutamente a hegemonia do futebol baiano . Os Grandes Ídolos jamais devem se esquecidos e sim serem reverenciados , para que outros jogadores tenham alguém como referência .

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  2. Gostaria de saber qual era o mu.ero da camisa 3 ou 4 pq eu so tinha 2 anos na época

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  3. Na décima foto o segundo agachado é o piauiense SIMA,um dos maiores artilheiros do Brasil.

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