PARTIDA NUM.: 423 (ÉPICO)
COMPETIÇÃO: Campeonato Baiano (Finais)
JOGO: Bahia 4 X 4 Galícia (BA)
DATA: Quinta-feira, 17 de janeiro de 1946
LOCAL: Salvador-BA
ESTÁDIO: Arthur Rodrigues de Moraes (Campo da Graça)
JUIZ: Osvaldo Souza (BA)
AUXILIARES: Não disponível
C. AMARELO: Na época ainda não existia
RENDA: Não disponível
PÚBLICO: Não disponível
RENDA: Não disponível
PÚBLICO: Não disponível
GOLS: Tuca e Zé Hugo (3) (Bah) e Louro e Cacuá (3) (Gal)
BAHIA: Yoyô, Salvador e Zé Grilo; Silva, Bianchi e Avale; Gereco, Evilásio, Zé Hugo, Pipiu e Tuca.
TREINADOR: Zequinha Macedo
BAHIA: Yoyô, Salvador e Zé Grilo; Silva, Bianchi e Avale; Gereco, Evilásio, Zé Hugo, Pipiu e Tuca.
TREINADOR: Zequinha Macedo
GALÍCIA: Nova, Jonga e Daruanda; Nevercínio, Alberto e Valter; Louro, Americano, Cacuá, Curto e Caboclo.
TREINADOR: Não disponível
OBSERVAÇÃO: Vigésimo jogo do Bahia no Campeonato Baiano de 1945. Com esse resultado o Bahia sagrou-se Campeão Baiano de 1945.
Nesta partida final do Campeonato Baiano de 1945 o Bahia lutava pelo bicampeonato e precisava de apenas um empate para levantar a Taça daquele ano, mas não seria nada fácil. O Galícia havia ganho a primeira partida da decisão em 01/01/1946 por 2X1, estragando assim a festa do Bahia que completava naquele dia 15 anos de fundado. Lances emocionantes caracterizariam esta partida, já que Bahia e Galícia eram o dois grandes times da temporada.
No intervalo para este jogo final o Bahia enfrentou em partida amistosa o Rosário Central da Argentina, enquanto a cidade fervilhava e apostava no vencedor da grande decisão.
De ultima hora, somente para aquele jogo, o Bahia concentrou seus jogadores num prédio da Avenida Sete de Setembro. Aquele espaço pertencia ao tricolor Carneirinho, e por se encontrar vazia, foi escolhido para abrigar a concentração dos atletas. Sob o comando das senhoras dos tricolores Zelito Ramos, Armando Monteiro e João Luz, em menos de 72 horas improvisou-se uma memorável concentração, sendo aparelhada e posta em condições de habitabilidade por essas senhoras que chegaram até mesmo a lavar e varrerem o chão do local com as próprias mãos.
Na véspera do jogo o técnico Tintas do Bahia perderia três jogadores, o zagueiro Bahiano que havia sido suspenso pelo Tribunal de Penas por oito jogos, o meia Fernando Cacetão que teve uma crise de apendicite tendo de ser operado as pressas e o craque Maneca que havia apresentado sintomas de icterícia.
De ultima hora, somente para aquele jogo, o Bahia concentrou seus jogadores num prédio da Avenida Sete de Setembro. Aquele espaço pertencia ao tricolor Carneirinho, e por se encontrar vazia, foi escolhido para abrigar a concentração dos atletas. Sob o comando das senhoras dos tricolores Zelito Ramos, Armando Monteiro e João Luz, em menos de 72 horas improvisou-se uma memorável concentração, sendo aparelhada e posta em condições de habitabilidade por essas senhoras que chegaram até mesmo a lavar e varrerem o chão do local com as próprias mãos.
Na véspera do jogo o técnico Tintas do Bahia perderia três jogadores, o zagueiro Bahiano que havia sido suspenso pelo Tribunal de Penas por oito jogos, o meia Fernando Cacetão que teve uma crise de apendicite tendo de ser operado as pressas e o craque Maneca que havia apresentado sintomas de icterícia.
O Jogo
No dia do jogo os granadeiros entraram em campo embalados e logo aos 7 minutos da partida o jogador Louro abria o placar para o Galícia. Com uma atuação esplendorosa de Cacuá que havia feito mais três gols, o Galícia vencia o Bahia ao final do primeiro tempo por 4 X 1, tendo Zé Hugo descontado aos 23 minutos para o Tricolor de Aço.
Enquanto nas arquibancadas o desanimo tomava conta da torcida tricolor, nos vestiários (segundo relato do jogador Jereco) o centroavante Zé Hugo só pedia uma coisa: 'entreguem a bola para mim'.
Segundo Tempo
O Bahia retornou a campo com garra e com uma linha média formada por Silva, Bianchi no lugar de Prazeres e Avalle dando um show e de forma assombrosa partiu pra cima do Galícia.
Embora o Tricolor dominasse o jogo, o gol teimava em não sair, até que aos 21 minutos Tuca diminuiu para o Bahia, marcando o segundo gol tricolor, mas o placar era ainda 4 X 2 para o Galícia. Quatro minuto depois, Zé Hugo começava a cumprir a sua promessa marcando o terceiro gol tricolor (o mais bonito da partida) com um chute rasteiro indefensável para o goleiro Nova do Galícia.
Os jogadores Granadeiros não acreditavam na reação tricolor e resolveram se retrancar para garantir o resultado da partida, mas aquela tarde era do fenomenal centroavante Zé Hugo do Bahia que, aos 32 minutos, deixou tudo igual ao driblar o arqueiro Nova e marcar o quarto gol do Tricolor empatando a partida, resultado que foi mantido até o final do jogo.
A torcida Tricolor foi ao delírio no velho Estádio da Graça após o Bahia ter marcado aqueles 'impossíveis' três gols que lhe deram o Bicampeonato Baiano.
Uma batalha épica e inesquecível que possibilitou a conquista do título baiano daquele ano através de uma façanha sensacional em decorrência da queda de produção do time Galiciano, e principalmente dos tricolores, que se valendo do entusiasmo e da garra, fizeram de tudo para encobrir as falhas de todo um primeiro tempo decepcionante. Foi um empate com gosto de campeão, sobre o rival que mais atrapalhava os tricolores naquela época.
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